A seleção brasileira tem um grupo unido, coeso, que parece focado em um objetivo único: o hexacampeonato. Parabens! Realmente Dunga conseguiu formar uma verdadeira equipe, sem vaidades, e parece também ter total controle da situação. Mas será o bastante? Será que essa união será traduzida em um futebol capaz de vencer um torneio como a Copa do Mundo. Como bom mineiro que desconfia da própria sombra o que direi então de uma seleção que apresentou até agora um futebol comum e de resultados? A verdade é que todos ficarão sabendo apenas com o passar do tempo. O que temos hoje na seleção faltou em 2006. Na ocasião tínhamos mais craques vestindo a amarelinha, mas vaidades e baladas sem controle acabaram com o sonho. Agora temos o inverso. Uma equipe "certinha", sem muitos talentos indivuais brilhando como outrora, mas afiada no discurso de seriedade e compromtimento. Os resultados antes da copa são muito parecidos. Mas na essência a diferença é evidente. Em 2006 a expectativa era o "quadrado mágico". Restou Kaká que conseguiu manter a cabeça no lugar depois do desastre da época. Hoje o ex-sãopaulino é a estrela solitária em um meio de campo onde a principal característica é a marcação e, mais uma vez, o conjunto. O time geralmente joga bem quando espera o erro do adversário e constuma não perdoar. Quando é mais exigido, diante de uma retranca por exemplo, se perde e deixa a desejar por falta de melhor qualidade técnica. Bem parecido com o time de Parreira, em 1994. Porém vestia a 11 canarinho um certo Romário, que o técnico brasileiro foi obrigado a digerir, depois de inumeros fracassos em jogos nas eliminatórias e muita desconfiança da torcida. Hoje temos um time melhor no toque de bola, mais ágil, mas sem um grande destaque. Não sei se é suficiente. Robinho voltou ao Santos pois não estava nos seus melhores dias na Europa. Está crescendo, voltou a ter alegria, e pode ser um diferencial a mais, ou a menos, no time brasileiro. Enfim, Dunga parece estar convicto que está fazendo o melhor, seguindo suas intuições e não dando muita idéia aos críticos. Ouve apenas a sua comissão técnica e seu travesseiro, e adeus pro resto. Estaremos torcendo, desconfiados na verdade, mas mantendo o espírito brasileiro de luta e esperança eterna. Desistir, jamais. Que nossos corações sejam fortes. A emoção promete!
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